Obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial de Saúde estima que em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos e 75 milhões de crianças poderão estar com sobrepeso ou obesidade caso nada seja feito para reverter esse quadro.
Diante deste cenário, a cirurgia bariátrica tem sido muito procurada por trazer um emagrecimento efetivo às pessoas obesas e em conseqüência desse emagrecimento, muito mais qualidade de vida.
Há de se considerar que a cirurgia bariátrica é uma cirurgia de risco. Uma equipe multidisciplinar trabalha no pré e no pós-operatório de forma que o paciente tenha todo sucesso que a cirurgia pode proporcionar. No entanto, mesmo com todo acompanhamento profissional, o que determina preponderantemente o sucesso da cirurgia é a mudança comportamental do paciente operado.
A relação com a comida depois da cirurgia estará muito diferente, por isso é preciso se conscientizar disso, melhorando os hábitos alimentares, que devem ser mantidos por toda vida. A inclusão de atividades físicas no pós-operatório também é importante. Tão logo o paciente seja liberado pelo médico, devem-se começar essas atividades, pois rapidamente começam as mudanças corporais.
Além da perda de peso, que é o objetivo da cirurgia, vem o aumento de flacidez e as sobras indesejáveis de pele. É preciso se preparar psicologicamente para essa fase também, pois muitos pacientes relatam que não desejam aquele “novo corpo” em função da flacidez e isso pode desencadear problemas psicológicos.
A bariátrica deve ser um processo. Cada momento demanda uma mudança comportamental, que deve ser levada para sempre, pois se a mudança não ocorrer, vem o tão temido reganho de peso. Mas quais mudanças são necessárias? Todas as que estavam sendo ignoradas durante o período de obesidade. Cuidar da alimentação, da saúde do corpo e da mente.
Muitos bariátricos relatam que antes da cirurgia comiam muito, pois tinham depressão, transtornos de ansiedade e de compulsão alimentar, mas o que foi feito para isso melhorar? É preciso realinhar um ponto de cada vez e pequenas mudanças serem feitas, até que a mudança maior chegue definitivamente.